Aprendizagem: apostar no jovem em situação vulnerável é criar alternativas de um futuro diferente


No Brasil, desde 2005 temos a Lei da Aprendizagem, Lei 10.097/00, regulamentada em 2005, que possibilita programas voltados para jovens em situação de vulnerabilidade social, a propiciar o desenvolvimento de competências básicas para o trabalho e a cidadania, e abrir portas para eles ingressarem em sua primeira oportunidade no mercado de trabalho. Durante o programa, além da capacitação teórica, são realizadas atividades culturais e sociais, como também o acompanhamento socioeducativo dos estudantes participantes.

A Lei de Aprendizagem ainda vai além e determina que toda empresa de grande ou médio porte deve ter de 5% a 15% de aprendizes entre seus funcionários. Os aprendizes são geralmente jovens de 14 a 24 anos,  que devem estar cursando ou ter terminado o ensino médio ou fundamental em uma escola pública.  Em um levantamento feito pela Fundação Roberto Marinho, em 2019, reportou que 3,5 milhões de jovens tiveram acesso ao primeiro emprego com a lei, porém ela ainda é "subaproveitada no Brasil".

Há muito ouve-se que apostar na juventude é uma potência, um investimento social que também agrega valor à empresa, sociedade e mercado de trabalho. Para que isso não fique só em palavras, é preciso abrir as portas para os programas de aprendizagem nas empresas, que irão trazer para as organizações a possibilidade de descobrir e formar talentos e uma relevante contribuição social para a empregabilidade de jovens, que tanto precisam.

Ao entrar em programas de aprendizagem o jovem é inserido em um ambiente com outras realidades e perspectivas. Tem contrato de trabalho regido pela CLT, com diretos trabalhistas como férias, 13º salário, salário mínimo hora, auxílio transporte, FTGS de 2% e benefícios quando são ofertados pela empresa. Para milhares de jovens cheios de potencial, esse é um pontapé capaz de transformar a realidade não só do adolescente beneficiado, mas da sua família e até do nosso país.

 
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